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EUTANÁSIA PARA A CRIANÇA MORIBUNDA      Para entender este caso é necessário em primeiro lugar perceber o que é a eutanásia. Eutanásia visa ...

Monarquia / República



Monarquia / República

A civilização evoluiu o suficiente para saber que é com regimes políticos democráticos que a busca da pacificação dos povos e o seu bem-estar, serão sempre dois objectivos muito mais tangíveis. Na perspectiva do povo, são evidentes as vantagens do regime democrático sobre o autocrático, infelizmente as mesmas, provavelmente, não existirão aos olhos de algumas classes e grupos sociais.

É claro que o Estado existe porque os cidadãos assim o querem e é em prol deles que deve actuar, a razão da sua existência é a natural necessidade de organização de uma sociedade. A pergunta, o que o Estado pode fazer pelos cidadãos irá sempre depender do que os cidadãos farão com o Estado e não o que farão pelo Estado. A ignorância e presunção de muitos, projecta que a utilidade e intervenção de um Estado começa onde os cidadãos não querem intervir e em muitos casos não deverá ter limites.

Se a missão ou o propósito do Estado é a realização prática de uma lei natural como a necessidade de organizar uma sociedade, já a forma de governo é um meio pelo qual a comunidade procura alcançar este objectivo. Encontrar a forma e o sistema de governos que um país deve adoptar tornam-se, no entanto, questões com respostas complexas e seguramente incompletas.
Milhares de anos foram moldando civilizações e com eles muitos foram os regimes políticos e as formas de governo criadas, mesmo nos dias de hoje, a constante mutação e diversidade dos mesmos são uma constante. Mas em relação às formas de governação, duas são as que melhor conhecemos e se é de democracia que falamos, nem a Monarquia nem a República como formas clássicas de governo poder-se-ão considerar ligadas à democracia.
Se democracia quer dizer o direito do povo de participar na determinação de seu próprio desenvolvimento e futuro, são as constantes barreiras e limitações legais a esse tipo de direitos criados pelas Monarquias e Repúblicas, que infectam o seu propósito.
Os erros, os crimes, a corrupção, o abuso de poder, são tantos os casos, que só por masoquismo o povo continua a suportar tais formas de governo!


A Monarquia:
A Monarquia é uma forma de governo em que o representante máximo do seu povo não é escolhido por suas qualidades, por suas ideias ou projectos nem por nenhuma caracteristica especial que garanta mais-valias para a nação. Apenas e só, basta nascer filho de monarca! A hereditariedade simplesmente define a capacidade de governação e assim uma nação fica dependente quer no tempo, quer na diversidade de factores externos e internos de um país, para moldarem o caracter e as escolhas políticas do seu chefe. Depender do caracter e da benevolência de uma só pessoa é quanto a mim apostar na roleta russa, por isso já que a escolha deste líder não é feita pelo povo e nem a sua demissão está sob seu controle, uma vez que um mau chefe tenha ascendido ao trono, é quase impossível removê-lo sem derrubar completamente o regime. A simples razão de sua existência é por si só anti-democrática e na maioria dos casos fútil.

Temos vários casos em que a monarquia nos deixou muito mal e que provam, como forma de governo ser uma má solução.
Um bom exemplo aconteceu em Portugal durante as invasões francesas e a consequente fuga da família Real e de toda a corte para o Brasil, levando consigo o núcleo mais importante da armada e a maioria da elite social da altura, deixando literalmente ao abandono todo um povo e nas mãos dos invasores o seu destino.

“ O embarque fez-se em Belém, em quinze navios de guerra que estavam em estado de fazer a travessia. Eram o núcleo mais importante da armada...Além das naus e das fragatas de guerra, que conduziram a corte e seu pessoal, partiram também vinte navios mercantes, com toda a gente que, sem obrigação oficial, quis passar ao Brasil…O número dos que partiram foi calculado em quinze mil… Na realidade, incluía todo o estado cimeiro da sociedade portuguesa. Além de cortesãos, magistrados e funcionários, embarcou toda a gente que considerava que a situação de morador na corte era um elemento fundamental do estado social. Só ficaram em Lisboa os que não tinham recursos para uma viagem muito dispendiosa...”

Como se não bastasse, o cúmulo de todo este acto de traição, foi a ordem deixada pelo governo para que o exército invasor fosse bem recebido e que não lhe fosse criada resistência.

“ No decreto publicado pelo regente no momento da partida descrevia-se a invasão como uma marcha de tropas estrangeiras no interior do território português e em instruções anexas ao mesmo decreto ordenava-se que se fizesse tudo para conservar o Reino em paz, devendo as tropas do imperador dos Franceses ser bem aquarteladas e assistidas em tudo, enquanto estivessem no País.”

E claro não esquecer dos traidores e dos Judas, que estão bem camuflados em qualquer forma de governo:

“ Ao encontro do general francês foi também uma delegação de representantes da Maçonaria portuguesa, que persuadiu Junot de que o bom acolhimento que a capital ia dispensar ao exército francês era devido à acção silenciosa daquela sociedade secreta,”

Extractos do livro “ História de Portugal” Vol. 4 De José Hermano Saraiva


Presentemente, algumas das chamadas Monarquias constitucionais, como por exemplo Espanha e Reino Unido, têm a existência do seu chefe de estado (Rei / Rainha), controlados e limitados pela lei constitucional do seu país e só pode exercer o seu poder (se tiver algum) com o consentimento do governo que representa o povo. É um monarca meramente cerimonial que a vaidade e a tradição de um povo não se importa de patrocinar.



A República;
A República (do latim res+publica, "coisa pública") é uma forma de governo em que, segundo Cícero, são necessárias três condições: um número razoável de pessoas (multitudo); uma comunidade de interesses e de fins (communio); e um consenso do direito (consensus iuris). Nasce das três forças reunidas, entre, uma mistura da libertas do povo, da auctoritas do Senado e da potestas dos magistrados. Assim, os soberanos nos oferecem o amor paternal; os grandes, o sábio conselho; o povo, a liberdade. Hoje é visto como um governo na qual o chefe do Estado é eleito pelo povo ou seus representantes, tendo a sua chefia uma duração limitada.
A eleição do chefe de Estado, por regra chamado presidente da república, é normalmente realizada através do voto livre e secreto. Dependendo do sistema de governo, o presidente da república pode ou não acumular o poder executivo permanecendo por quatro anos.

A origem deste sistema político está na Roma antiga, onde primeiro surgiram instituições como o senado. Nicolau Maquiavel descreveu o governo e a fundação da república ideal na sua obra Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio (1512-17). Estes escritos, bem como os de seus contemporâneos, como Leonardo Bruni, constituem a base da ideologia que, em ciência política, se designa por republicanismo.
O conceito de república não é isento de ambiguidades, confundindo-se às vezes com democracia, às vezes com liberalismo, às vezes tomado simplesmente no seu sentido etimológico de "bem comum".
Hoje em dia, o termo república refere-se, regra geral, a um sistema de governo cujo poder emana do povo, ao invés de outra origem, como a hereditariedade ou o direito divino. Ou seja, é a designação do regime que se opõe à monarquia.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Rep%C3%BAblica

1/3 Extracto do Blogue "A Pirâmide Invertida" do capítulo "A República já não nos serve!?", por Sotnas Drago

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